domingo, 14 de agosto de 2011

O trem da vida...

Há algum tempo atrás, li um livro que comparava
 a vida a uma viagem de trem. 
Uma leitura muito interessante, quando bem interpretada. 
Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, 
cheia de embarques, alguns acidentes, 
surpresas agradáveis em alguns embarques 
e grandes tristezas em outros.
Quando nascemos entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos que estarão sempre conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos no caminho, 
amizade e companhia insubstituível... 
Mas isso não impede que durante a viagem, 
pessoas interessantes e que virão a ser mais 
que especiais para nós embarquem.
Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.
Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio. 
Outros encontrarão nessa viagem somente tristeza. 
Ainda outros circularão pelo trem, prontos a 
ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por este trem de forma que , quando desocupam seu acento, ninguém sequer percebe.
Curioso é perceber que alguns passageiros 
que nos são tão queridos, acomodam-se em 
vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados 
a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o percurso, atravessemos, mesmo que com dificuldades, o nosso vagão e cheguemos até eles... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado para sempre.
Não importa, a viagem é assim, cheia de atropelos, 
sonhos, fantasias, esperanças, despedidas... 
porém, jamais retornos. Façamos essa viagem, 
então da melhor maneira possível, tentando nos relacionar 
bem com todos os passageiros, procurando, 
em cada um deles, o que tiverem de melhor, 
lembrando sempre que em algum momento do trajeto, 
eles poderão fraquejar e provavelmente precisaremos entender, pois nós também fraquejamos muitas vezes e, com certeza, 
haverá alguém que nos entenderá.
Eu me pergunto se quando eu descer desse trem 
sentirei saudades... acredito que sim. 
Separar-me de algumas amizades que 
fiz será, no mínimo, dolorido. 
Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos 
será muito riste, mas me agarro à esperança 
de que em algum momento, estarei na estação principal 
e terei a grande emoção de vê-los chegar com 
uma bagagem que não tinham quando embarcaram... 
e o que vai me deixar mais feliz será pensar que 
eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.
O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos 
em qual parada desceremos, muito menos nossos 
companheiros, ou até aquele que está sentado ao nosso lado. Façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranquila, que tenha valido a pena e que, 
quando chegar a hora de desembarcarmos,
o nosso lugar vazio traga saudades 
e boas recordações para aqueles 
que prosseguirem 
a viagem da vida.

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